quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Primeiras construções nas Minas dos Carris

Após a obtenção dos alvarás de exploração das diferentes concessões mineiras por parte da Sociedade Mineira dos Castelos, Lda., era urgente dotar o complexo mineiro de instalações nas quais de pudesse fazer o processamento do minério que ia sendo extraído, para além de haver a necessidade de se proceder á abertura de uma estrada entre a Portela de Leonte e Carris.

O caminho para Carris era inicialmente feito por um trilho rudimentar de montanha. Nesta imagem, vemos trabalhadores 'apanhistas' a caminho de Carris em descanso na Água da Pala. Ao fundo, o cabelo do Modorno é facilemnet identificável.

O estreito caminho que ligava a Portela do Homem a Carris numa fotografia obtida na zona do Teixo

Logo após a passagem do Modorno. Esta imagem permite-nos ver o velho trilho que crizava o Rio Homem na Água da Pala e que prosseguia pelo vale na margem direita do rio.

Os trabalhos de abertura e reparação da estrada entre a Portela de Leonte e Carris têm início em Junho de 1943 e em poucas semanas o estreito trilho até aos píncaros serranos permitia a passagem de veículos pesados que transportavam os materiais e instrumentação para desenvolver o complexo mineiro. Este começou por ser algo rudimentar, destacando-se a pequena lavaria e alguns edifícios administrativos e de habitação para o pessoal superior da mina. Nesta altura, pensava-se mais no luvro fácil em detrimento de condições de trabalho condignas que só surgiriam em 1951 com o advento da Sociedade das Minas do Gerês, Lda.

Um aspecto da construção inicial do edifício que serviria de cantina, secretaria e de recepção do minério.

Um aspecto de uma fase mais avançada da construção inicial do edifício que serviria de cantina, secretaria e de recepção do minério.

O complexo mineiro, na sua zona industrial, tal como estava em finais dos anos 40 após quase cinco anos de abandono. Nesta altura, a Sociedade Mineira dos Castelos, Lda. era gerida por uma Comissão Liquidatárioa nomeada pelo governo de Salazar.

Fotografias: © José Rodrigues de Sousa / Rui C. Barbosa

1 comentário:

Alice Lobo disse...

"Será que 'Diogo Melo' sabe que na sua presença de mais de 20 anos no complexo mineiro, o último dos guardas foi removendo os barrotes que serviam de apoio aos telhados para se aquecer? E que com uma exposição de mais de 40 anos aos elementos a madeira não tratada não tem qualquer utilizade? Não sabe? Pois, já previa isso..." Eu ja tinha dado indicação para responder no teu blog, Agora Não resisti, quer dizer todas as pessoas que fazem montanhismo caminhadas e Arqueoexpedições se estiver frio vamos fazer uma fogueirinha com os barrotes a imitar os mineiros :) entretanto para exemplificar melhor deveriam retirar a roupa impermeável para dar mais ênfase á coisa:). A primeira vez que vi a aldeia de vilarinho das furnas foi em 1998 numa noite em que decidimos fazer campismo selvagem, concordo que não o deveríamos ter feito mas a ideia nunca foi estragar ou retirar nada da aldeia, praticamente estava intacta, percorrias os caminhos, conseguindo distinguir a igreja as casas era uma "aldeia fantasma" nunca vou esquecer , lindo. Entretanto encontramos jovens como nós a defender o que era dos seus pais e avós (até porque conheço pessoas que viviam na aldeia de vilarinho) pois pensavam que nós queríamos retirar pedras, pois segundo eles, a aldeia estava a ser invadida por "más pessoas" com o objectivo de destruírem e roubarem a pedra para outros fins. Concluindo, tu e outros fizeram devido a uma Arqueoexpedição, mas se todos o fazem como aconteceu inicialmente em vilarinho as coisas desaparecem. agora dizes que eu não entendo as coisas, mas um anonimo fala-te em barrotes ou fogueiras e vais falar dos mineiros há 20 anos.