sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Salvamentos no PNPG

A propósito dos recentes acontecimentos que tiveram lugar na Serra do Gerês, levantaram-se algumas questões sobre a competência do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) nas acções de resgate e salvamento dentro da área protegida.

Uma das questões mais debatidas na altura era saber se o PNPG teria equipas ou capacidades para efectuar um resgate como o que aconteceu nos dias 3 e 4 de Outubro? Bom, de facto não é da competência do PNPG efectuar esse tipo de operações que são efectivamente da competência dos serviços de Protecção Civil, no entanto o PNPG colabora activamente em todas as operações para as quais as entidades responsáveis pela Protecção Civil entendam solicitar a colaboração do mesmo.

No entanto, existe algo de muito importante que é sempre recomendado pelo PNPG, isto é, existe um código de conduta de visita às áreas protegidas bem como normas e recomendações que estabelecem normas e recomendações para a visita às mesmas e que o PNPG tem o cuidado de frisar nos pedidos de informação/actividade que diariamente são solicitados.



Fotografias: © ICNB, IP

3 comentários:

MEDRONHO disse...

SE o PNPG não tem capacidade para operações de resgate, devia ter. SE não está nas suas competências, deviam ser. SE não têm gente/meios, deviam ter.
o PNPG não pode só existir para "cobrar portagens", e/ou "impor regras" para quem visita.

Que saudades (já) tenho das serras espanholas.....

Rui C. Barbosa disse...

Se o PNPG deveria ter capacidade de resgate, concordo que deveria ter. Se é da competência de um Parque Nacional ter capacidade de realizar operações de resgate, não sei se deverá ser. Certamente que deveria ter gente para operações de socorro e resgate.

Quem visita também deve respeitar as regras e condutas, e assim talvez diminuir a probabilidade de algo correr mal, coisa que a maior parte das pessoas não fazem, não é?

Mas concordo contigo, deveria sim haver uma equipa de socorro e resgate e não confiarem numa Protecção Civil cheia de incompetentes que só serve para emitir avisos às cores.

DuK disse...

Está na altura de se começar a definir o que é um PN em Portugal e essencialmente para que serve.

A mim o que me parece é que é uma reserva importantissima de biodiversidade, antes de tudo. O que não é de certeza é um Parque Aventura...

E só será "devolvido" a actividades de montanha quando estiver consolidada essa biodiversidade (que não está, nem para lá caminha). Por isso todos devemos antes de pôr as botas no trilho, saber se o que estamos a fazer é realmente o mais correcto e para isso temos de pensar primeiro que tudo no PNPG. Enquanto estivermos preocupados com o que podemos ou não fazer e se pagamos ou não e quantas dezenas de pessoas levarmos atras de nos, nunca teremos um PN consolidado de forma a podermos fazer o que gostamos.

Se um tecnico do PN diz que ali não se pode andar porque prejudica isto ou aquilo... há aqui alguem que tenha formação para dizer o contrario? Se calhar não há... ou se há que se acuse e fundamente!

A equação, penso eu, é matematica, investir para depois colher, preservar para depois usufruir. Se assim não fôr, não haverá PN para as gerações que ai vem...

E a pergunta que realmente se impoe é: Nos queremos que as gerações vindouras usufruam de um PN com corsos, lobos, cabras selvagens, garranos selvagens e afins?

Então se queremos (não é so andar nos blogs a dizer que se ama o Geres , etc), temos de pensar nele em primeiro lugar!!

Para isso se pediu regras, ou alias, que se cumpra e faça cumprir as regras pois elas já existem e não são nenhum bicho de 7 cabeças e muito menos limitativas de se caminhar no PN.

Se as regras fossem cumpridas ou se o PN as fizesse cumprir, aquele grupo não se tinha perdido concerteza.

Eu se calhar não devia estar nesta conversa, porque para mim o montanhismo é apenas um meio para! ...e não o objectivo final!

Agora relativamente a resgates e afins... não sei quem deveria ou se deveria, o que me interessa é que alguem o faça e com rapidez, não é demorar 24h... um dia dá asneira!