quinta-feira, 25 de abril de 2013

Sensores ópticos vão detectar incêndios no parque Peneda-Gerês

Há anos e anos que ouço falar disto, parece que finalmente a coisa vai avançar...

Uma notícia do Jornal de Notícias, "Sensores óticos vão detetar incêndios no parque Peneda-Gerês".

Fotografia: © Paulo Jorge Magalhães / Global Imagens

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Jornal GERESÃO já nas bancas


Está já nas bancas a mais recente edição do jornal GERESÃO.

Fotografia: © GERESÃO

terça-feira, 23 de abril de 2013

Mini-filme "Minas dos Carris - Sombras na noite"


O mini-filme "Minas dos Carris - Sombras na noite" encontra-se envolto por um ambiente 'dark' e representa um momento de lucidez e de consciência perante a ausência de testemunhos dos acontecimentos que ocorrem à lonjura da nossa presença naquele lugar.

Aliando a fotografia de José Afonso, que mostra os instantâneos de uma noite primaveril de Abril de 2008, com a tenebrosa sonoridade David Julyan, "Minas dos Carris - Sombras na noite" mostra o que os nossos olhos não vêm quando olhamos para o clarão da fogueira. As sombras que se escondem ao nosso olhar, são aqui captadas em ambientes fantasmagóricos e escuros durante a longa exposição da objectiva.

Mais do que um filme para se ver, são pouco mais de nove minutos de sensações que farão da próxima visita nocturna às Minas dos Carris um momento de engolir em seco...

Vídeo: © Rui C. Barbosa

Orónimos perdidos da Serra do Gerês (II)


Antes de mais é necessária a devida correcção em relação aos nomes (orónimos) que serão aqui apresentados, pois de facto não se encontram na Serra do Geres mas sim na Serra Amarela.

Esta nova publicação no blogue vem em sequência de uma anterior e que indicou alguns orónimos desconhecidos na Serra do Gerês, mais precisamente nos terrenos do Mourinho. Hoje é a vez dos terrenos de Vilarinho (o mapa em cima ajuda na localização de alguns desses nomes assinalados com letras).


Mais uma vez, um agradecimento especial ao Paulo Figueiredo e ao Sr. Pires pela ajuda prestada.

A - Chão da Devessa - situa-se na base da Serra Amarela e presentemente está inundado pelas águas da albufeira de Vilarinho das Furnas. Encontra-se junto à Mata de Palheiros.

B - Outeiro Agudo - ponto mais elevado junto às ruínas da Casa de Palheiros.

C - Chã das Ovelhas - está situada junto ao princípio do Ramisquedo depois da passagem das Toutas.

D - Cabeço das Ovelhas - junto à Chã das Ovelhas.

E - Bruites - situado entre a Chã do Corisco (Corisco) e o princípio da Corga da Ribeira do Altar.

F - Curral de Separros - junto do Azevinheiro.

G - Cabeço de Fento - junto à Chã de Fento.

H - Chã de Fento - passagem dos contrabandistas junto ao marco de fronteira n.º 36.

I - Rio Parrado - entre a Varziela e a Costa do Altar (também tem o nome de Rio Cabra).

J - Chã do Corisco - está situada junto a Separros.

K - Chã da Fonte - perto da Louriça (Fonte do Muro).

L - Rio da Fraga - curso de água que nasce acima de Porto Covo.

Fotografia: © Rui C. Barbosa (retirada da Carta Militar n.º 30)

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Cutelo, Cortinhas e Brufe, e uma passagem pela sombra do Sarilhão.


Hoje rumei a paisagens muito diferentes das que tenho percorrido, pois hoje fui em busca do elemento humano da paisagem que caracteriza a zona montanhosa do Parque Nacional da Peneda-Gerês, se bem que as aldeias por onde passei não se encontrem dentro dos limites desta área protegida. Assim, hoje visitei as aldeias de Cutelo, Cortinhas e Brufe, às quais o blogue Terras de Bouro lhes chama de 'Aldeias da Saudade'.

Bem cedo pela manhã, o vento soprava forte e frio na aldeia de Cutelo, porém o verde dos campos sobressaía à luz morna do Sol que se escondia por detrás de umas nuvens altas. Cutelo é uma aldeia bem preservada com as suas velhas casas e recantos, sendo conhecida pela beleza dos seus espigueiros que definem a sua paisagem. Exemplo típico de uma aldeia de montanha, Cutelo transporta-nos para um outro tempo onde o dia à dia das gentes novas e não tão novas, estava na totalidade ligado à terra e aos ritmos da Natureza.

Tomando um caminho por entre os campos passamos por riachos e levadas até chegar a Cortinhas, aldeia onde ainda se reúne uma vezeira de cabras que diariamente são levadas para a serra. Em termos arquitectónicos a aldeia mostra-nos alguns belos exemplares das típicas casas de granito características da região tal como acontece com a bela Brufe.
"Brufe encontra-se na vertente da serra Amarela, em fronte com a freguesia de Carvalheira e a montante com a albufeira de Vilarinho das Furnas, onde outrora vigorou a aldeia comunitária de Vilarinho da Furna.

A aldeia de Brufe revela um elevado património rural que denuncia o enraizamento de culturas e tradições peculiares, símbolo arcaico das comunidades oriundas dos territórios de montanha. O conjunto habitacional, organizou-se ao longo de terrenos acidentados e, hoje, constitui uma aldeia turística composta por construções arquitectonicamente simples, de sólidas paredes de alvenaria granítica e madeiramentos a ornar as varandas e janelas. Os espigueiros, eiras, sequeiras e moinhos-de-água perfazem um ambiente harmonioso, eminentemente rural.

A matriz encontra-se entre os dois únicos lugares da freguesia: Cortinhas e Brufe, reconstruída em 1881/82, tendo como orago o Divino Espírito Santo
."

Terminada a visita a estes lugares, rumei para percorrer parte do Trilho da Águia do Sarilhão chegando à parte mais elevada do percurso e posteriormente descendo à Geira Romana. Passando pelo velho carvalhal e apreciando os marcos miliários, os sons da Primavera foram uma constante ao longo do caminho com a Serra Amarela servindo de tela de fundo.
Fotografias: © Rui C. Barbosa

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Museu de Vilarinho da Furna

O Município de Terras de Bouro informa que, devido à afluência de visitantes que se tem verificado e face à aproximação da época alta, o Museu Etnográfico de Vilarinho da Furna/Porta do PNPG, irá passar a estar aberto 7 dias por semana, das 9h30 às 17h00, até ao mês de Outubro de 2013.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Orónimos perdidos da Serra do Gerês (I)


Algo que me dá uma grande satisfação, é saber que percorro uma parte da Serra do Gerês podendo contribuir para a sua memória etnográfica e geográfica. A Serra do Gerês é um manancial riquíssimo ao nível da sua toponímia (ou mais precisamente da sua oronímia... será que é assim que se diz?)

Se as cartas militares em algumas (poucas) situações nos ajudam a perpetuar estes velhos nomes, na sua maior parte estes nomes são perpetuados na forma oral, passando de geração em geração dos habitantes serranos. Porém, com o gradual abandono das actividades tradicionais ligadas ao cultivo das terras e em especial à transumância dos gados, muitos destes nomes vão caindo no esquecimento, ressuscitados aqui ou ali pela passagem mais curiosa de um forasteiro em deambulações pela serra.

Gosto, e tenho um grande prazer, de dar o meu contributo para a preservação da memória serrana e é com afinco que procuro saber mais sobre esses orónimos perdidos e em especial a sua localização (o mais exacta precisa). É certo que este trabalho de preservação da toponímia e da micro-toponímia deveria ser da responsabilidade de um parque nacional que se preze. Porém, estará mais preocupado em perseguir aqueles que percorrem os velhos trilhos seculares do Gerês e das outras serras, numa presença responsável, do que em fazer o seu trabalho de preservação de uma memória que se vai perdendo e para o qual tanto contribuiu.

Assim, e após me deparar com um conjunto de orónimos que desconhecia na totalidade, procurei saber algo mais sobre a sua localização. Para ajudar a uma melhor compreensão da Serra do Gerês, apresento aqui alguns desses nomes (agradecimento especial ao Paulo Figueiredo e ao Sr. Pires pela ajuda prestada).

Vou dividir estes nomes em duas partes: os terrenos de Vilarinho e os terrenos do Mourinho, começando hoje por estes últimos (o mapa em cima ajuda na localização de alguns desses nomes assinalados com letras).

- Fraga da Rocha Gorda: está situada na zona da Quelha Direita, a corga que nos leva à Bouça da Mó;

- Concões: está situado junto ao pequeno prado abaixo do Pé de Cabril (em direcção a Sul) e mais voltado a Leonte;

- Cabeço do Arieiro: zona de carvalhos junto do Pé de Cabril, virado a Leonte (também existe a Chã do Arieiro);

- Portela do Confurco (E): no princípio da Quelha Direita (zona da mariola grande em direcção ao Pé de Cabril);

- Corga do Mourinho (C): inicia-se na linha do Curral do Mourinho, baixando para Leonte;

- Cabeço da Azilheira (B): existe o 'de Cima' e o 'de Baixo', e está entre o Mourinho e a Varziela;

- Portelas da Quelha Direita: onde se vira para o Prado Marelo no princípio da Quelha Direita;

- Fraga da Portela do Perro (H): parte «de trás» do Pé de Cabril, voltada a Vilarinho, no trilho para o Tirolirão;

- Curral Velho (A): entre Varziela e Bemposta, voltado a Vilarinho;

- Lama da Mó (D): abaixo do Curral de Tirolirão;

- Penedo Março (F): ao lado da Portela do Confurco acima do trilho para Varziela;

- Quelha Direita (G): corga entre a Portela do Confurco e a Bouça da Mó.

Depois virão os terrenos de Vilarinho.

Fotografia: © Rui C. Barbosa (retirada da Carta Militar n.º 30)

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Postais do PNPG (CLXXXIII) - GEREZ, Chalet florestal d'Albergaria

O magnífico chalet florestal da Albergaria é o tema deste fantástico postal ilustrado da Serra do Gerês.

Ao observar a imagem, penso que o chalet estava localizado onde actualmente se encontra uma casa florestal dentro do perímetro do Centro de Recuperação de Animais Selvagens na Mata de Albergaria. Sem dúvida um interessante documento histórico.

Fotografia: © Rui C. Barbosa

terça-feira, 16 de abril de 2013

Trilhos Seculares - Por Viseu em terras da Ermida

"Se algum dia conhecesse todo o Gerês, desejaria ser acoitado por uma amnésia que me permitisse passar pelas emoções de conhecer tudo de novo." É com este sentimento que se fica após mais um dia de percorrer velhos trilhos, e não só, pela Serra do Gerês. Com os dias de chuva atrás de nós e com o fulgor do Sol que aos poucos vai ganhando o seu lugar na paisagem serrana, era tempo de voltar. Oh, se era!

Este (re)começo foi perfeito com um pequeno percurso pelos domínios da aldeia comunitária da Ermida. A quando do Festival de Caminhadas, os membros da empresa Selvagem Aventura apontaram-me a direcção do pouco conhecido Curral de Viseu. Assim, este dia só poderia ser dedicado a passar por lá. Bom, não é que o tenha feito... passei lá perto, mas parece que de forma inconsciente ando sempre a deixar estas coisas a meio... Não é que tenha de haver uma forte razão para se voltar ao Gerês! Volta-se e pronto, mas se houver algo de novo por onde se passar, melhor ainda. Sim, porque eu não quero conhecer conhecer todo de uma vez só... há muito tempo para tamanha façanha e o Gerês está sempre lá!

Saída então da Ermida em direcção à Ponte das Relvas descendo por estradões manhosos e labirinticos a Costa da Vela. De facto, a ideia não era para ir por este caminho... queríamos descer a uma outra ponte cujo nome teimo em esquecer e que nos daria um acesso quase directo (encosta acima) ao Curral de Viseu. Porém, havendo uma experiência anterior do sentido que seguíamos, descemos às Relvas e passado o Rio Arado empinamos encosta acima por um velho e tortuoso caminho escavacado pela água. A subida foi penosa mas gratificante, pois acabaríamos por encontrar as marcas tímidas de um carreiro que nos levaria para onde queríamos e que nos daria uma perspectiva que não gozaríamos se tivéssemos ido pela ideia original. Este carreiro ajudar-nos-ia a atravessar duas corgas e levou-nos a um magnífico trilho encosta acima que nos levava para Viseu. Bom, na minha ignorância, irei chamar Viseu a toda aquela área. Como já referi, não vi um curral típico e acredito que passámos perto do dito cujo. Outros dias virão, pois naquela altura era tempo de descoberta.

Passado Viseu, seguimos o carreiro por entre pequenas corgas ricas de água e encostas com velhas árvores até atingirmos o vidoal para os lados do Curro da Tribela e do curral da vezeira da Ribeira. Daqui, seguimos a estrada florestal passando ao lado do Curral dos Portos, Fonte da Malhadoura, Fonte das Letras, até chegarmos ao estacionamento antes da Ponte do Arado. Aqui tínhamos duas opções: ou continuávamos pela estrada florestal ou descíamos ao Rio Arado. Optamos por descer ao rio e seguir depois pela levada que nos colocaria de novo num emaranhado labirintico de estradões até chegarmos de novo à Ermida. Nada de GPS's nem tracks...

Algumas fotos do dia...

Fotografias: © Rui C. Barbosa