segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Desafio para 2016 (III) - Castelo de Lindoso e núcleo de espigueiros


Aqui lancei o desafio para o ano de 2016: visitar os 44 pontos de interesse existentes na Reserva da Biosfera Transfronteiriça Gerês-Xurés (Projecto VALOR GERÊS-XURÉS).

Desta vez, visitei o Castelo de Lindoso e o núcleo de espigueiros daquela aldeia da Serra Amarela. Este é o desafio n.º 10 da lista.

O mapa com os 44 pontos de interesse existentes na Reserva da Biosfera Transfronteiriça Gerês-Xurés pode ser encontrado aqui.

O excelente portal fortalezas.org dá-nos uma fantástica descrição da história do Castelo de Lindoso. Do longo texto, leitura do qual recomendo vivamente, reproduzo aqui um pequeno excerto, "À época da formação da nacionalidade, a povoação integrava-se na Terra da Nóbrega, circunscrição territorial sob a administração e controlo do Castelo de Aboim da Nóbrega. Não se encontra referida nas Inquirições de 1220, período em que se terá iniciado, de raiz, a construção do seu castelo, já mencionado sob o reinado de Afonso III de Portugal (1248-1279), nas Inquirições de 1258, onde se refere que os habitantes tinham a obrigação de alimentarem o seu alcaide quando este fosse prestar "preito" dele, à caça ou recolher o seu pão, sendo a ele vedado praticar quaisquer abusos contra esses mesmos habitantes.

O castelo terá sido reforçado e ampliado sob o reinado de Dinis I de Portugal (1279-1325), a partir de 1278. Alguns autores atribuem-lhe a construção da torre de menagem, afirmando que o soberano aqui pousava durante as caçadas que fazia no Gerês.

(...)"











Não muito afastados do Castelo de Lindoso, erguem-se cerca de cinquenta espigueiros num conjunto único em Portugal. Muitas vezes, quando falamos de espigueiros, lembramo-nos dos espigueiros do Soajom postal por excelência do Alto Minho. Porém, o conjunto de espigueiros da aldeia do Lindoso é único pela sua quantidade.

Segundo Nuno Gonçalves, "Junto ao Castelo levantam-se mais de cinquenta espigueiros dos séc. XVIII e XIX, num aglomerado impressionante e único no país. Inteiramente de pedra, cada exemplar apoia-se em vários pilares curtos, assentes na rocha e encimados por mós ou mesas. Sobre elas repousa o canastro, formado de balaustros entre si separados por fendas de ventilação.

Como cobertura duas lajes de granito unidas em ângulo obtuso - ornamentados nos vértices de cruzes protectoras e símbolos de Salomão. Este tipo de espigueiros também existe em Parada e Cidadelhe, onde existem outros notáveis conjuntos embora em número consideravelmente menor, em Cidadelhe existe ainda um espigueiro com dois andares. Nestes lugares abundam ainda magnificas casas sete e oitocentistas, das mais interessantes que a arquitectura popular do Minho tem.

Devido à introdução da cultura do milho (grosso), durante o séc. XVII, rapidamente absorvida e integrada no quadro socio-económico tradicional, foi necessária a construção de espigueiros e canastros.

A função dos espigueiros é para a secagem de cereais, mais concretamente o milho."











Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

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