quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Outros trilhos - Circulando entre Loriga e a Torre com descida pela Penha dos Abutres


Visita à serra mais alta de Portugal continental para matar saudades. Há já muito tempo que desejava voltar à Serra da Estrela depois de uma ausência já superior a 15 anos.

Escolhemos o percurso entre Loriga e a Torre seguindo pela Garganta de Loriga e descendo pela Penha dos Abutres. O dia este óptimo para a jornada, apesar de a serra se encontrar sem água. A temperatura foi sempre amena e a brisa ia aparecendo nos momentos de maior aperto do calor que aqui e ali se foi fazendo sentir.

Como de costume a caminhada começou cedo logo no centro de Loriga. A Garganta de Loriga foi a paisagem que nos foi acompanhando desde o princípio e logo ali sabíamos o que nos esperava. Seguimos por um estradão que em pouco tempo se transformou num trilho de montanha à passagem da placa que assinala a direcção da queda de um avião da RAF a 22 de Fevereiro de 1944. Esta interessante história pode ser lida aqui e aqui as quadras ao avião que caiu na Serra da Estrela. Pouco depois passávamos pela Fraga do Padre Nosso e chegávamos ao Covão da Areia entre a Presa do Urtigal e a Malhada do Porto. A paisagem granítica ia-se sucedendo por entre exclamações de como seria fazer aquele percurso em dias de invernia.

Depois do Covão da Areia subimos para o Covão da Nave e logo a seguir para o Covão do Meio, cuja paisagem está alterada devido à presença da represa que na altura se encontrava sem água (às águas desta represa são transferidas para a Lagoa Comprida por alturas do Verão). continuando a jornada, entramos no Covão do Boeiro e aqui, para evitar a estrada nacional, viramos a Sul na direcção da Salgadeira e dos Barros Vermelhos, chegando à Lagoa do Covão das Quelhas e à Lagoa Serrano.


Com o ponto mais alto de Portugal continental a poucas centenas de metros, caminhamos pela Pista Estrela, passando pelo Poio Estrela antes de atingir o marco geodésico da Estrela.




O regresso a Loriga foi feito seguindo da Estrela em direcção à Penha dos Abutres passando pelo Corgão Vidouro e pelo Carvidouro. Pelo caminho notam-se muitos vestígios de antiga actividade humana que pode estar associada à mineração ou ao fabrico de carvão.


A descida da Penha dos Abutres foi inicialmente feita em direcção ao Rodeio Velho, passando à direita do Cerro das Naves e das Avezeiras, utilizando velhos trilhos. Depois de muito matagal, chegamos à Casa dos Ingleses e daqui seguimos para Loriga, utilizando no troço final o velho caminho romano.

Algumas imagens do dia e ligação para o album de fotografias.

Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

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