quarta-feira, 31 de maio de 2017

A obtenção do minério nas Minas dos Carris


Os trabalhos de obtenção do minério nas Minas dos Carris eram semelhantes ao que decorriam em muitas outras minas no país.

No interior da mina o minério (tout-venant) era desmontado por meio de explosivos e transportado por vagonetas, subindo o poço de extracção interior, e daí, novamente por vagonetas até à lavaria. Aí, o tout-venant era britado, calibrado, escolhido manualmente, moído e concentrado em gigs "Pan America" e mesas "James", obtendo-se pré-concentrados "Miúdos" e "Finos". Este produto era então transportado num jeep para as instalações de flutuação e separação electromagnética para ser submetido a crivagem e moagem, ficando com uma granolumetria de cerca de 0 – 1,5 mm, que passava por uma mesa "Holmes" de concentração e flutuação (inicialmente os pré-concentrados, antes de passarem pelas separadoras, eram ustulados num forno anexo às instalações de flutuação e separação electromagnética, mas como o processo originava fumos e compostos de arsénio, passou-se a fazer uma secagem simples sobre chapas de ferro), obtendo-se, além do rejeito, um pré-concentrado de volframite, scheelite e cassiterite, arseno-pirites e molibdenite que após secagem em forno passava por separadoras electromagnéticas, obtendo-se um concentrado de volframite e um misto de scheelite e cassiterite que era vendido para uma oficina de concentração no Porto, sendo a volframite vendida para exportação. A recuperação era maior que 3,5 kg por tonelada e tout-venant .

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Sem comentários: