quinta-feira, 18 de maio de 2017

A Serra do Gerês no facebook (II) - "O Gerês"


O facebook, como rede social, permitiu uma divulgação sem precedentes dos encantos e maravilhas do nosso único Parque Nacional, muitas vezes confundido somente com a Serra do Gerês.

Nesta rede social podemos encontrar três páginas ou comunidades que de forma particular divulgam o Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG). Esta série de três publicações tem por objectivo divulgar essas páginas ou comunidades e assim, por essa forma, divulgar o PNPG.

Hoje, a comunidade 'O Gerês' nas palavras de um dos seus fundadores, Júlio Marquez...

Dia 23 de Maio nasceu o meu projecto, criado por dois adeptos geresianos e do mundo da Montanha. Por diversas vezes já me questionaram sobre o porquê de ter escolhido um nome tão específico e não tão abrangente? Para a população global “O Gerês” é visto como um todo, não como a Serra do Gerês, mas como todos os locais que envolvem o Parque.

Diriam neste momento os acérrimos que estamos a cometer uma gafe contextual, no entanto, e visto que seguimos muitas vezes as vontades não apenas das populações, mas também dos visitantes, poucos são os que realmente se importam com tal relevância, embora por vezes possa gerar algumas conversas de café sobre o tema, o que continuamos a achar legítimo, pois a serra Amarela, a serra do Soajo e a serra da Peneda devem ter a sua identidade. Mas porque apenas então Parque Nacional da Peneda-Gerês e não Parque Nacional da Amarela-Gerês-Peneda-Soajo? Enfim, provavelmente na hora de decidir deverá ter prevalecido a racionalidade do espaço, e assim a escolha foi mesmo por aí, o Gerês como um todo, e de fácil identidade, não desmistificando cada uma das quatro Serras do Parque.

Para muitos, mais uma página com um design apelativo, com fotografias bonitas sobre o Parque Nacional, quanto à realidade, bem diferente do que possam conjeturar, o projecto contempla uma versão forte a nível de imagem, é uma realidade, fotografias dos chamados quatro cantos do Gerês colocados a nu na minha página do Facebook, na maior parte das vezes com descritivos dos locais, sem qualquer tipo de referência de GPS, embora nos incitam cada vez mais a tornamos públicas essas coordenadas, algo que nunca irá suceder, não apenas por respeito ao próprio Parque Nacional, mas por respeito ás populações envolventes ao Parque, aos serviços de emergência médica e essencialmente à população que pode tentar, e sem os meios necessários procurar algumas destes locais de árduo acesso. Na descrição que normalmente deixamos vem o nome do local e muitas das vezes uma explicação sobre a fauna e sobre a flora do Parque. A minha comunidade nasceu um pouco para isso, e quem somos é essa decisão intrínseca, mostrar os locais remotos que têm um nome, uma identidade, juntar com os que o público em geral já conhecem, e através de texto povoar o mapa do Parque Nacional que realmente poucos conhecem, ou sequer têm uma noção da sua vasta área, dar a conhecer o nome das suas desconhecidas montanhas, das suas anónimas fechas e poços ou lagoas e cascatas, como lhe queiram chamar.

O suporte social do Facebook é um abrir de portas, criar uma comunidade como a que criei dá imensa satisfação pessoal, os surpreendentes resultados que obtive num crescimento desmesurado nos seus inícios, e focado em algo mais transcendente, muito mais além da publicação de fotografias a cru e dos seus locais. Este momento inicial foi ultrapassado, e a vontade é continuar o trabalho que realizei no Facebook na nossa página oficial www.ogeres.pt e actualmente no Instagram, plataforma que confesso, estou a admirar imenso devido à qualidade e versatilidade da rede social. O website será especializado em dar a conhecer o Parque Nacional da Peneda Gerês, desenhado com um layout de suporte à própria página do Facebook onde detalharei muito mais do que simples fotografia. Quero incidir em estudos do Parque, quero prevenir quedas e sujidade dos espaços no Verão, evitar os incêndios, pressionar para evitar a caça furtiva, pressionar os organismos estatais com os meios que teremos para fortificar o nosso património natural. Ajudar as populações, criar projectos que visem melhorar o turismo qualitativamente e dividir quantitativamente de forma a que todos possam usufruir dele e que não seja exaustivo para algumas regiões como o é e inexistente para outras que se prepararam igualmente para o receber.

O futuro da comunidade O Gerês é ainda uma incógnita, arrancamos a dois um projecto com a colaboração de imensas pessoas e cada qual com uma característica como hobby e paixão.

Resumindo, o Gerês é um barco neste momento em remodelação e reestruturação com a mesma vontade, mas a só uma direcção. Ganhei com esta comunidade O Gerês uma grande lição de vida, fiz e conheci locais incríveis, no início confesso que queria chegar ao maior número de pessoas, hoje o objetivo é ter uma página que chegue sim a quem se interessa com o Parque Nacional como ele é e que o deseja protegido e não massificado ao ponto de o destruir. As filosofias mudam e vamos crescendo à medida que vamos vivenciando mais Gerês.

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